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Sobre a matéria de capa da SUPERINTERESSANTE n. 277: Chico Xavier
José Edmar Arantes Ribeiro
Introdução
A última saída da
revista SUPERINTERESSANTE teve a figura de Chico
Xavier
como tema de sua principal matéria, que segue da pág. 50 à pág.
59 do número em questão da revista, já referido no título deste
artigo.
No índice do número
da revista em questão, é afirmado, com relação à matéria em
foco: “A
SUPER foi a Minas Gerais descobrir como o médium virou um mito.
Encontrou histórias de fé e de mistério – e alguns efeitos
especiais”.
Entretanto, como poderá ser visto em alguns dos itens que
discutiremos na subseção “Leviandades” deste artigo, nenhuma
pesquisa mais cuidadosa fora feita no sentido de embasar afirmações
como a da existência de “efeitos especiais” envolvendo a
fenomenologia de Chico Xavier.
Na seção “Escuta”,
destinada a palavras do diretor de redação da revista, com o título
“Com todo respeito”, Sérgio Gwercman nos diz: “Respeito você
vai encontrar em cada página da reportagem escrita por Gisela Blanco
(...) Porque o jornalismo existe nas perguntas (...) É assim que
trabalhamos aqui na SUPER”. Infelizmente, não é verdade que
encontramos respeito em cada página escrita por Gisela Blanco (basta
ver a seção “Leviandades”, abaixo). Igualmente, não é verdade
que a “SUPER” adotara o princípio do questionamento saudável na
matéria em questão: a maior parte da reportagem é constituída de
afirmações irresponsáveis, que buscam disfarçadamente, porém a
todo custo, reduzir a figura de Chico Xavier a de um mistificador
carismático.
Nas linhas que
seguem analisaremos detalhadamente os problemas apresentados na
reportagem em foco.
Análise
Os vários problemas
apresentados na reportagem serão divididos, à título didático e
por ordem de gravidade, em cinco classes: (1) Uma Colocação Fora de
Contexto; (2) Um Boxe que Nada Explica; (3) Informações Erradas;
(4)
Conceitos Errados; (5) Leviandades.
Uma
Colocação Fora de Contexto
Em meio às suas
considerações sobre as repercussões no meio literário da obra
Parnaso
de Além-Túmulo,
psicografada
por Chico Xavier e atribuída a espíritos de poetas brasileiros e
portugueses, a autora da matéria nos diz:
“A história dividiu o mundo da
literatura. Alguns desconfiavam de que tudo não passava de uma
fraude. A viúva de Humberto de Campos até tentou na Justiça, sem
sucesso, levar os direitos autorais sobre as obras psicografadas do
marido. Mas outros o defendiam. ‘Se Chico Xavier produziu tudo
aquilo por conta própria, merece quantas cadeiras quiser na Academia
Brasileira de Letras’, declarou Monteiro Lobato”. (Págs.
55-56)
O trecho sobre a
viúva de Humberto de Campos está fora de contexto. Chico Xavier só
começara a psicografar Humberto de Campos em 1935, três anos após
a publicação do Parnaso.
Além disso, o caso
Humberto de Campos
iria ocorrer somente em 1944, doze anos após a publicação do
Parnaso!
E mais: neste caso, a viúva pedia à Justiça um posicionamento
justamente na decisão sobre a autenticidade das mensagens atribuídas
à Humberto de Campos. Caso a decisão fosse favorável, a viúva
acataria e exigiria os direitos autorais, de modo que este caso não
serve para ilustrar a posição daqueles que consideravam que tudo
não passava de fraude.
Um
Boxe que Nada Explica
A autora, no boxe “A
Ciência e Chico Xavier”, à pág. 56, após dizer que, para
cientistas, a explicação da fenomenologia de Chico Xavier estaria
em um meio-termo entre a fraude e a hipótese espírita, simplesmente
aloca definições de psicose, epilepsia, criptomnésia e telepatia,
sem apresentar quaisquer posições de cientistas de que os conceitos
mencionados explicariam o caso Chico Xavier!... Não bastasse isso,
duas de suas definições estão equivocadas, o que será discutido
na seção “Conceitos Errados”, mais abaixo.
Informações
Erradas
1. À pág. 51, a
autora diz que a origem
de toda a história do fenômeno Chico Xavier foram as cartas dos
mortos, e nas páginas seguintes (até a pág. 55) ilustra a
afirmação com episódios de pessoas que teriam recebido cartas de
seus filhos ou irmãos falecidos. Errado! Chico Xavier começou
escrevendo versos de poetas brasileiros e portugueses mortos, que
apareceram em Parnaso
de Além-Túmulo,
obra publicada em 1932 pela Federação Espírita Brasileira que
chamou a atenção de vários intelectuais brasileiros pelo estilo
dos poemas, fiel ao dos autores aos quais eles eram atribuídos.
2. À pág. 54, é
dito que Waldo Vieira fundara um centro de estudos religiosos em Foz
do Iguaçu. Errado! O centro fundado por Waldo Vieira é voltado ao
estudo da consciência, e não tem caráter religioso.
3. À pág. 56,
Gisela Blanco escreve o seguinte:
“O que você veria se estivesse
na plateia de Chico Xavier na década de 1940? Pra começar, um
médium sentado em frente a uma cortina, a cerca de 10 metros dos
espectadores. (...) Lentamente, vultos brancos apareceriam – os
médiuns explicavam que eram espíritos que haviam se materializado”.
Errado!
Primeiramente, ao que nos consta, Chico Xavier somente iniciara sua
participação como médium de materializações no fim
da década de 40, e
de forma esporádica,
deixando de atuar como tal em 1953. Depois, nas sessões de
materialização, não eram os médiuns que explicavam que os vultos
eram espíritos materializados: isto podia ser deduzido pelos
próprios espectadores.
4. À pág. 57, a
autora escreve, referindo-se com ironia aos fenômenos de
materialização envolvendo Chico Xavier: “Com shows como esses,
Chico foi ficando famoso, graças a reportagens como uma publicada em
1944 por O
Cruzeiro (...)”.
Errado! A reportagem publicada em 1944 pela O
Cruzeiro
não
tratou de fenômenos de materialização envolvendo Chico Xavier. E
nem poderia! Nesta época Chico Xavier não atuava como médium para
este tipo de fenômeno.
Conceitos
Errados
1. No final da seção
em que a autora trata das cartas de falecidos enviadas a parentes
próximos através de Chico Xavier, fenômeno que erroneamente (vide
item 1 de nossa seção anterior) fora considerado dentre as
primeiras manifestações mediúnicas de Chico Xavier, a autora nos
diz o seguinte: “(...) A verdadeira polêmica surgiria no outro
filão do médium: os romances” (pág. 55). Entretanto, se lermos
os parágrafos seguintes da nova seção (“A Polêmica”),
verificaremos que ali o assunto tratado é o livro Parnaso
de Além-Túmulo,
que é constituído de... poemas
e poesias.
A autora parece não saber o que é um “romance”...
2. À pág. 56, a
autora enfeixou sob o termo “psicose” todos os quadros ditos
dissociativos, o que não é aceito pela Associação Americana de
Psiquiatria
desde
1994 (vide Diagnostic
and Statistical Manual of Mental Disorders),
e também considerou “criptomnésia” como um distúrbio da
memória, quando não há qualquer razão para categorizar este
fenômeno, genericamente, como “distúrbio”.
3. Sobre o fenômeno
da materialização de espíritos, a autora, Gisela Blanco, às
páginas 56-57, escreve o seguinte:
“Registre-se: materializar uma
pessoa, ou fazer surgir massa do nada equivalente a um homem de 70
quilos, não seria tarefa fácil. Seria necessário produzir um total
de energia duas vezes maior do que é hoje produzido pela
hidrelétrica de Itaipu por ano, segundo os cálculos feitos por
especialistas e exibidos por reportagens sobre Chico nos anos 70”.
Aqui, a autora
mistura alhos com bugalhos. O processo de materialização de
espíritos não está relacionado à produção de matéria “do
nada”. Segundo informações dos próprios espíritos, aceitas e de
certa forma já verificadas por pesquisadores da fenomenologia
espírita como o russo Alexandre Aksakof (1832-1903), o italiano
Ernesto Bozzano (1862-1943) e o brasileiro R. A. Ranieri
(1919-1989), o referido processo se daria à custa da
“desmaterialização” do médium (em maior escala) e dos
participantes das sessões (em menor escala).
Leviandades
1. Em caixa alta na
primeira página da reportagem (pág. 50), a autora do texto, Gisela
Blanco, nos diz que fora o mito
Chico Xavier que fizera brasileiros de todos os credos acreditarem em
vida após a morte, que mudara a vida de famílias desconsoladas e
que colocara a Ciência em busca de respostas para seus fenômenos. A
matéria, entretanto, não dá subsídios para tal afirmação. Fora
o homem
Chico Xavier o responsável por tudo aquilo.
2. Às págs. 52-53,
lemos o seguinte (grifo nosso): “(...) Célia representa o público
cativo de Chico:
as mães. Atrás de notícias dos filhos mortos, elas compareciam em
massa nos dois centros que Chico teve (...)”. Aqui a autora procura
imputar um caráter de sedutor ou algo do tipo a Chico Xavier. Pura
leviandade.
3. À pág. 54,
vemos em letras garrafais: “Show
de materialização de espíritos e truques para incrementar as
sessões de psicografia. O lado pirotécnico de Chico Xavier provocou
desconfiança”.
Além do comentário estar desvinculado do assunto tratado nas
páginas 54-55, a autora desconhece, ou finge desconhecer, que as
sessões de materialização não tinham qualquer conotação de
espetáculo. Além disso, levianamente, afirma que Chico usara de
truques em suas sessões de psicografia, sem ao menos discutir mais
amplamente a questão ao longo do texto sobre o assunto, às páginas
56-57, apenas fazendo referência ao caso de um fotógrafo
da
revista Realidade
que, em 1971, teria visto um assessor
de
Chico Xavier borrifar perfume no ar...
4. À pág. 56,
Gisela Blanco nos diz que a desconfiança dos críticos de Parnaso
de Além-Túmulo
tinha razão de ser:
“Apesar de não ter ido longe
na escola, Chico foi autodidata e leitor voraz durante toda a vida.
Colecionou cadernos com recortes de textos e poesias. Comprou livros
de sebos em São Paulo. Em sua biblioteca, preservada até hoje em
Uberaba, há mais de 500 livros e revistas, com obras em inglês,
francês e até hebraico. A lista inclui volumes de autores cujo
espírito o teria procurado para escrever suas obras póstumas, como
Castro Alves e Humberto de Campos”.
Mas tem o seguinte:
leitor voraz ou não, a autora deixa de revelar, talvez
propositadamente, que a biblioteca de Chico Xavier, que ela afirma
ter mais de 500 livros e revistas, foi constituída ao longo de toda
a vida do médium mineiro, de 92 anos, e que inclui os mais de 400
livros que ele próprio psicografou!... Além disso, o trecho está
fora de contexto, pois o tema tratado era Parnaso
de Além-Túmulo,
primeiro livro de Chico Xavier, muito anterior à biblioteca que ele
viria a formar.
5. Ainda à pág.
56, após dizer que das investidas da imprensa Chico Xavier não
escaparia (“Eles queriam explicações não só para a linha direta
que Chico dizia ter com as celebridades do outro lado, mas também
para alguns shows que o médium andava fazendo por aí”), a autora
inicia uma subseção com o título “A pirotecnia”, sempre
procurando incutir um tom humorístico à sua reportagem. O curioso é
que Gisela Blanco fala nesta subseção de uma reportagem de 1944 da
revista O
Cruzeiro,
de uma denúncia de Chico Xavier por um sobrinho e sobre o programa
Pinga-Fogo
de 1971 do qual Chico participara. Estes tópicos, porém, nada tem a
ver com o que ela denomina “pirotecnia”. Pirotécnica parece-nos
a falta de clareza da autora...
6. Ainda sobre as
sessões de materialização de espíritos envolvendo Chico Xavier, à
página 56 encontramos: “Os personagens principais da noite eram
médiuns de outras cidades, acostumados a rodar o país com seus
shows”. Como já afirmado no item 3 acima, as sessões de
materialização não objetivavam meras mostras espetaculares.
7. À pág. 57, a
autora escreve:
“(...) Acuado pelas críticas
na Pedro Leopoldo de 15 mil habitantes, Chico resolveu fazer as malas
e partir para Uberaba, um pólo do espiritismo onde contaria com o
apoio de amigos. Mas não adiantou muito. A imprensa seguiu na cola.
Em 1971 (...)”
Chico Xavier não
saíra “fugido” de Pedro Leopoldo, em decorrência de críticas,
como o trecho acima parece indicar. Além disso, ao ilustrar como a
imprensa seguiu “na cola” de Chico após sua mudança para
Uberaba, ocorrida em 1959, a autora cita uma reportagem de 1971, doze
anos após... Se pesquisasse melhor, poderia encontrar uma reportagem
anterior muito mais ilustrativa ao seu objetivo de denegrir Chico
Xavier, como a publicada em uma das edições da revista O
Cruzeiro
de 1964.
8. Ainda à pág.
57, referindo-se à participação de Chico Xavier em 1971 do
programa Pinga-Fogo,
da TV Tupi, a autora escreve: “Por quase 3 horas, o médium foi
bombardeado por perguntas. Mas se safou”. Ora, safar-se é
esquivar-se, escapulir-se, fugir. Assim referindo-se à atuação de
Chico Xavier no Pinga-Fogo,
a
autora parte do pressuposto de que ele teria algo a esconder.
Lamentável! Muita falta de imparcialidade.
9. À pág. 58, em
garrafais (recurso comum utilizado na reportagem para escancarar as
leviandades da autora), lemos: “Órfão
maltratado na infância, um piadista quando adulto, vítima de uma
série de doenças na velhice. Não foi à toa que Chico Xavier
conquistou a compaixão de todo o país”.
Esta tentativa de desqualificar o real trabalho de Chico Xavier,
imensurável, tanto no campo do assistencialismo espiritual quanto
material, não foi bem-sucedida. Desde quando ser piadista conquista
a compaixão
das pessoas? Será que os responsáveis pela matéria não sabem o
que significa “compaixão”?...
10. À pág. 59, a
autora escreve: “Uma imagem captada pela TV Globo mostrou um raio
de sol entrando no quarto do medium [sic] exatamente no dia em que
Chico teve uma melhora repentina”. Seria mesmo um raio de
sol?
Cadê as fontes que atestam isto?
11. Também à pág.
59, última do artigo, arrematando o festival de imprudência exibido
ao longo de suas páginas, lemos no boxe “A Indústria de Chico
Xavier”:
“Dieta do Chico Xavier:
revista dos anos 80 publicavam o ritual – meio copo de água pela
manhã, com grãos de arroz dentro do copo representando o número de
quilos que se quer perder”.
Aqui,
a matéria procura imputar um caráter ridículo à figura de Chico
Xavier e tenta, sorrateiramente, ludibriar o leitor, que poderia
pensar que tal dieta fora realmente prescrita pelo médium mineiro, o
que não é verdade.
Conclusão
Acreditamos ter
deixado claro, pelas considerações acima, que a reportagem “Chico
Xavier”, veiculada na revista SUPERINTERESSANTE deste mês de abril
de 2010 (n. 277), deixa a desejar em quatro aspectos do labor
jornalístico de imprensa: ético
(vide seção “Leviandades”), cultural
(vide seção “Conceitos Errados”), investigativo
(vide seção “Informações Erradas” e itens 7 e 10 da seção
“Leviandades”) e redacional
(vide a “Introdução”, as seções “Um Boxe que nada Explica”
e “Uma Colocação Fora de Contexto”, e também os itens 4, 5, 9
e 10 da seção “Leviandades”), e nada mais temos a acrescentar.
Como conclusão, apenas uma pergunta: uma revista dessas é
confiável?...
*
[NOTA
de 13/04/10:
O artigo acima saiu na seção "Feitos & Desfeitas"
do Observatório
da Imprensa n.
585, de hoje, 13/04/10 (aqui).
Veja lá! Sobre os pontos mencionados no artigo, aproveito aqui para
mencionar mais quatro (três informações erradas e uma leviandade),
notados quando ele já havia sido submetido ao OI:
1-
À pág. 54, é dito que Waldo Vieira dividira o trabalho em seu
centro em Uberaba com Chico de 1955 a 1969. Errado! O período
correto é 1959-1966.
2- À pág. 55, é dito que os poemas de Parnaso de Além-Túmulo foram reconhecidos à sua época como "razoavelmente fiéis ao estilo dos autores" que os assinavam, mas isto não é bem verdade. Eles foram reconhecidos como "muito fiéis", conforme pode ser visto da opinião de Agrippino Grieco, então acadêmico da Academia Brasileira de Letras, na obra A Psicografia Ante os Tribunais, de Miguel Timponi.
3- À pág. 59, é dito que o nome do filme sobre Chico Xavier que estrearia neste mês de abril era As Vidas de Chico Xavier, quando na realidade seu nome é Chico Xavier - O Filme.
4- Nessa mesma página, no item "Para Saber Mais", foi dado como referência o livro The Psychic Mafia, que trata das fraudes cometidas por um ex-mágico comentadas pelo mesmo, induzindo o leitor a pensar que Chico usara também de truques de mágica. Mais uma dentre as tantas leviandades de Gisela Blanco, autora da matéria.]
[NOTA de 14/04/10: Foi suprimido um trecho equivocado do artigo acima.]
[NOTA de 12/05/10: Além dos pontos mencionados na nota de 13/04/10, no item 3 da seção "Informações Erradas" do artigo, como referência, eu deveria também ter mencionado o livro As Vidas de Chico Xavier, do jornalista Marcel Souto Maior, onde as citadas datas aparecem.]
2- À pág. 55, é dito que os poemas de Parnaso de Além-Túmulo foram reconhecidos à sua época como "razoavelmente fiéis ao estilo dos autores" que os assinavam, mas isto não é bem verdade. Eles foram reconhecidos como "muito fiéis", conforme pode ser visto da opinião de Agrippino Grieco, então acadêmico da Academia Brasileira de Letras, na obra A Psicografia Ante os Tribunais, de Miguel Timponi.
3- À pág. 59, é dito que o nome do filme sobre Chico Xavier que estrearia neste mês de abril era As Vidas de Chico Xavier, quando na realidade seu nome é Chico Xavier - O Filme.
4- Nessa mesma página, no item "Para Saber Mais", foi dado como referência o livro The Psychic Mafia, que trata das fraudes cometidas por um ex-mágico comentadas pelo mesmo, induzindo o leitor a pensar que Chico usara também de truques de mágica. Mais uma dentre as tantas leviandades de Gisela Blanco, autora da matéria.]
[NOTA de 14/04/10: Foi suprimido um trecho equivocado do artigo acima.]
[NOTA de 12/05/10: Além dos pontos mencionados na nota de 13/04/10, no item 3 da seção "Informações Erradas" do artigo, como referência, eu deveria também ter mencionado o livro As Vidas de Chico Xavier, do jornalista Marcel Souto Maior, onde as citadas datas aparecem.]