sexta-feira, junho 05, 2020

"O espiritismo, a magia e as sete linhas de umbanda" -- versão falsificada

A versão em PDF de "O espiritismo, a magia e as sete linhas de umbanda" (Leal de Souza, 1933) difundida pelos sites Biblioteca Virtual Espírita (bvespirita.com), Casa Espírita São Pedro (www.casaespiritasaopedro.com.br) e Núcleo Mata Verde (mataverde.org) foi adulterada do original. Os seis últimos parágrafos do capítulo III foram simplesmente suprimidos! Desconheço o(a) canalha responsável por isso. Mas a razão é certa: o trecho contém algumas colocações disparatadas... Reproduzo-o abaixo.

"Aprecia-se, em alguns [centros kardecistas], o brilho das assistências elegantes; contentam-se, muitos, com a desataviada modéstia dos pobres; mesclam-se, na maioria, fraternalmente e sem preconceitos, as diferentes classes sociais; em numerosos desses centros, conservam-se reminiscências do catolicismo; avultam os contaminados pela Linha Branca [Negra, pelo contexto] de Umbanda; não faltam núcleos de fanáticos, atirando pedras para todos os lados, e sobram irmandades tolerantes, lançando flores em todas as direções, mas a elevação dos princípios pregados é uniforme nos centros do kardecismo.

À margem dos kardecistas, florescem os centros de transição, fundados sem o objetivo real de sua finalidade, e que servem para facilitar aos egressos de outras religiões a passagem para o espiritismo.

Aparecem depois, no espaço em que as autoridades localizam o que chamam falso espiritismo e o que consideram baixo espiritismo, a macumba, com os seus trabalhos compassados ao ritmo de batuques, tambores e rústicos instrumentos africanos; a feitiçaria, com suas variantes, inclusive a magia negra. Não temos, porém, o Candomblé, talvez originário do Congo e praticado na Bahia, em Alagoas e, possivelmente, em outras regiões do Norte.

O espiritismo de linha compreende, pelo menos, 99 subdivisões, ou linhas, que são as de que eu tenho conhecimento; nem todas, porém, praticadas à beira da Guanabara.

Conta-se, finalmente, a Linha Branca de Umbanda, com as suas sete seções, tornada poderosa, no sentido numérico, pelas necessidades de defesa... da gente ameaçada pelos excessos das linhas da cor oposta à de sua designação.

Em todos os agrupamentos espíritas do Rio de Janeiro, excetuados parcialmente os das linhas ditas negras, a finalidade é a mesma: o aperfeiçoamento da individualidade humana pela prática das leis divinas, mediante a cultura dos sentimentos superiores e o domínio do instinto animal, expressos tais esforços em atos de piedosa solidariedade fraternal."

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